Com “AmarElo – É Tudo Pra Ontem”, Emicida, resgata história e renova esperança

Com “AmarElo – É  Tudo Pra Ontem”, Emicida, resgata história e renova esperança

Hoje, 08 de dezembro, estreou o tão aguardado documentário AmarElo, do rapper Emicida, na Netflix. Um manifesto de esperança, feito através da comunhão de um dos maiores artistas deste país com sua trajetória de vida, seus encontros e, sobretudo, encantos com o que a cultura pode vir a despertar em todas as pessoas que têm acesso a ela.

A gente se vê em vários momentos neste documentário emocionante: sentado na plateia, nas lágrimas, nos sorrisos, no palco. Afinal, a gente se entende, se reconhece nas letras, chora junto pois a gente se pertence.

O documentário atravessa o processo criativo do artista na concepção do álbum AmarElo, a formatação do show; a escolha das ordens das músicas ao percebê-las como roteiro de encanto, canto, de vida; os bastidores da gravação / troca de emoções com convidados / flashs do ESPETÁCULO no Theatro Municipal de São Paulo. Escrevi e repito ESPETÁCULO com letra maiúscula, porque foi além de um marco histórico, um ato político.

Quando eu entrevistei o escritor, publicitário e podcaster Alê Garcia, ele disse que a motivação dele ao criar o podcast “Negro da Semana” era justamente para que seu filho, pudesse crescer, ouvir e saber de boas histórias de pessoas negras, que muitas vezes são esquecidas e ou não valorizadas como deveriam. As crianças precisam ter referências, precisam saber e ter em quem se inspirar. E, ao abrir as portas do Theatro Municipal de São Paulo para nós, Emicida, que já tinha nos brindado com o melhor álbum da vida, faz o mesmo ao pontuar que “É importante firmar um lugar físico, um lugar físico e grandioso. Isso existe, isso é grande!” e também é nosso.

É uma aula de história! Acho que, assim como todas as vertentes originadas deste projeto AmarElo, este documentário, mostra de forma didática e poética que a melhor forma de resistir é sonhar. Que a melhor forma de sonhar, é sonhar em grupo. E, acima de tudo, que a melhor forma de sonhar em grupo é realizar, celebrar e brindar ‘as pequenas alegrias da vida adulta’ com este.

É um trabalho potente e ao mesmo tempo suave. É ritmo e poesia, mas o Emicida sabe bem disso assim como sua mãe Dona Jacira, seu irmão – Gente BonitaEvandro Fióti , toda família da Lab Fantasma e todos nós: fãs, irmãos, amigos, família. Somos as raízes que vão dar vida, gerar os mais lindos e mais revolucionários frutos da comunhão, da oração entoada com força, com fé neste álbum AmarElo. Sem mais, fique com trailer abaixo, e dê logo play no documentário na Netflix.

Um texto escrito na emoção, após terminar de assistir o documentário e sem revisão. Até porque não temos como revisar emoção. Um texto para dizer obrigado, Emicida! Espero que, findando esta pandemia, possamos ter a oportunidade de ver este espetáculo ao vivo, e juntos celebrar todos os frutos de AmarElo.

Abração,

Cristiano De Jesus

Cristiano de Jesus

Eu, comunicador e sonhador, filho da Dona Rosa e do Sr. João que, enquanto admiro às belezas da vida, ouço boas histórias e muitas músicas para criar a minha própria trilha sonora.

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