Vittória Braun e Rafael Lorga lançam o álbum de inéditas “Salto no Breu”

Vittória Braun e Rafael Lorga lançam o álbum de inéditas “Salto no Breu”
Por Nathalia Athayde

“Salto no Breu” é o nome do segundo trabalho fonográfico dos cantores, compositores e atores Vittória Braun e Rafael Lorga. Em 34 minutos e 10 faixas inéditas, Vittória e Rafael saltam com corpo e alma inteiros. Mãos dadas, sons, acordes, intenções, vozes e instrumentos entrelaçados. O álbum, acaba de aterrissar em todas as plataformas.

No processo de fazer o álbum “a gente viveu muito essa relação de luzes e escuridão, cores quentes e frias, dentro e fora. O disco é denso, rítmico, desliza por paisagens e afetos e pensa bastante no nosso Brasil e na América do Sul”, desvendam. “Salto no Breu” vem com preciosas contribuições. O talentoso Zé Manoel canta e Jaques Morelenbaum toca cello na faixa “Meu Altar”, parceria de Rafael com Tom Karabachian, filho de Paulinho Moska.

Essa música é pra gente uma oração, um canto de fé. Tom me mandou a primeira frase da melodia e eu me arrepiei de cara. Sentei e desabafei ela inteira no caderno”, conta Rafael, integrante da banda Pietá e um nome cada vez mais presente nas fichas técnicas dos álbuns de seus contemporâneos, como compositor, produtor musical ou músico. Ele é amigo de infância de Tomás Braune, que deu à dupla a canção “Aquário” e foi convidado a participar da gravação desta faixa.

Outras presenças a mais no trabalho são do trio feminino Tata Rocha, Sarah Vieira e Alice Santiago, integrantes da banda Tata Chama e as Inflamáveis. Elas deixaram a sua marca registrada em “Caminho de Casa”. Vittória diz que a faixa, parceria dela com o marido, é “uma oferenda das suas filhas sereias como retribuição por nunca nos deixar sós”. Evoé.

“Jornada”, de Rafael e Iara Ferreira, compositora incensada na atual cena, foi escolhida para ser a trilha de um clipe, dirigido por Caio Riscado, lançado em março, já começando a fazer o parto deste álbum (abaixo). A música “descreve uma viagem por diferentes brasis, a partir do desejo de desvendar novos caminhos e desatar os nós. Partindo do sertão em direção ao mar, passando por veredas, cafundós e também pelas grandes cidades”,  situam os dois.

Ouça “Salto no Breu” aqui 😉

Vittória e Rafael se conheceram em 2014, quando ela, nascida em Belém, se mudou para o Rio de Janeiro a fim de se dedicar ao teatro. A primeira peça na qual atuou foi “Dinossauros e Pelancas”, dirigida pela Juliana Linhares (também da Pietá, hoje em início de carreira solo como intérprete), na UniRio. Havia uma banda de rock no espetáculo, de modo que eles já se conheceram focados nas mesmas partituras. E a paixão nasceu entre esses pequenos atos. Namoraram no primeiro ano, se casaram há cinco e lançaram o primeiro EP “Alargar o Mundo”, em outubro de 2019.

O Rafa foi me instigando cada vez mais a cantar e a compor. Compusemos duas músicas para este disco”, conta ela. Desde 2015 que o casal vinha fazendo shows pelo Rio e por Belém, até que chegou o dia de entrar em estúdio junto. E se o EP de estreia levou quatro anos para ser maturado, o disco que chega agora, “Salto no Breu”, foi todo gravado num mergulho profundo de três meses, com produção musical de Pedro Itan e coprodução de Claudio Nucci, fundador do grupo vocal Boca Livre.

Este disco foi viabilizado com recursos do edital Retomada Cultural RJ, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc.  Fotos de Nathália Athayde e programação visual de Lalá Carneiro da Cunha.   

Redação

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: