Gustavo Ortiz lança “Porvir (Uma Rapsódia de Carnaval)”

Gustavo Ortiz lança “Porvir (Uma Rapsódia de Carnaval)”

No single “Porvir (Uma Rapsódia de Carnaval)”, seu primeiro lançamento autoral, Gustavo Ortiz entoa imagens de um mundo (ou ao menos de um país, o Brasil) que trilha um caminho distópico. Assumindo a posição de um rapsodo – cantor popular que na Grécia antiga entoava cantos que buscavam sintetizar os temas da época -, o compositor dispara, por meio de frases capazes de manter seu sentido mesmo isoladas, um repertório imagético que povoa o imaginário coletivo (como nos versos “Tragédias negras pintam telas caseiras / autoajuda diária / pra quem?” ou ainda no trecho “Manter o sexo como eterno segredo / culpar no gênero a escória”), imagens essas reforçadas pelos acontecimentos da última década.

Composta ao violão, tendo uma batida de samba como base, o arranjo criado por Pablo Iskaywari, sem ocultar o estilo de canção da composição, se combina de maneira intensa à letra – cujos versos não se repetem nenhuma vez ao longo dos cinco minutos – a fim de narrar essas imagens, tal qual uma trilha fílmica, enfatizando a ideia de uma narrativa rapsódica.

Por Guilherme Ubeda

Inspirada em certa literatura, em recentes teorias antropológicas a respeito do fim do mundo e no pensamento ameríndio, a canção enuncia que todo porvir é uma construção que só poderá ser feita a partir do reconhecimento dos tempos em que se vive, e canta que, tendo em vista o que vivemos, se faz urgente reinventar a vida diariamente: “Quem tem um plano pro mundo? / Quem tem a cara de pau? / Mais vale ouvir o absurdo / e reinventar o carnaval”.

Para acompanhar o Gustavo Ortiz nas redes sociais e também nas plataformas digitais, clique aqui . Para ouvir o single, basta dar play abaixo 😉

Ficha Técnica

Letra e Música: Gustavo Ortiz

Produção Musical: Pablo Iskaywari 

Mixagem e Masterização: Pablo Iskaywari 

Capa: Guilherme Ubeda

Edição de Lyric video: Guilherme Boldrin

Redação

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