André Oliveira DB, o Cara do Passinho

André Oliveira DB, o Cara do Passinho

Olá! A cada dia que passa nós percebemos a força que o Funk possui. Como ele dá oportunidades para as pessoas não só se expressarem através dele, mas também abre um horizonte de possibilidades. Pois o Funk é cultura. E cultura, nos leva além.

E assim foi com MC Marcinho, com Anitta e também com Andre Oliveira DB, nosso convidado de hoje.

André Oliveira DB é o cara do Passinho. Ele se diz muito tímido, mas isso nós não conseguimos ver através dos diversos stories que ele posta, riscando o chão das pistas ao dançar mostrando a sua arte.

Neste bate papo ele fala como começou a dançar, o que o Funk significa para a ele dá dicas para quem deseja ser um bom dançarino como ele.

Andre Oliveira DB, Foto por Bruno Lenses

Revista Feitos De Música > Quando você teve seu primeiro contato com a dança, com o Funk, o motivando a entrar no universo do Passinho?

André Oliveira DB > Foi um pouco diferente, eu trabalhava com montagem e manutenção de computadores. Daí meu irmão, ele era “rebolão”, para quem não sabe é um tipo dança que utiliza muito os ombros, cinturas, que tem muito molejo. É o mesmo tipo de passos que os meninos do grupo “Os Havaianos” dançam até hoje.

E eu já tinha mais conhecimento do Passinho. Então meu irmão sempre brincava que ele dançava melhor, e isso me instigou a provar que não era bem assim rs. Com isso a gente começou a duelar dentro de casa, e a partir daí, eu comecei a dançar cada vez, não só dentro de casa e continuo dançando até hoje.

Revista Feitos De Música > Influências (referências de pessoas e estilos que você admira)

André Oliveira DB > Antigamente eu não tinha referências. Daí eu fui aprendendo tudo sozinho. Depois descobri a companhia Passinho Carioca, esta foi a companhia onde eu comecei a praticar a dança Afro com o Passinho, através do coreógrafo Lyu Arison.

Hoje em dia, tem muita gente bacana que me inspira, mas para não ser injusto com ninguém – no caso de esquecer alguém, prefiro não citar nomes.

Andre Oliveira DB, Reprodução Instagram.

Revista Feitos De Música > Você esteve recentemente numa campanha da empresa Reserva. No lançamento de um tênis assinado pelo DJ João Brasil e ainda se apresentou na convenção anual da Reserva. Como surgiu o convite? 

André Oliveira DB > Eles me conheceram através do Instagram, e entraram em contato. Fui conhecer o ninho da Reserva, marcamos reunião e após três dias, já estávamos gravando o comercial. Foi uma experiência muito bacana e ajudou a ampliar ainda mais minha arte Brasil afora.

Revista Feitos De Música > Sentiu “frio na barriga” ao saber que iria se apresentar num evento de uma empresa tão querida e respeitada quanto a Reserva?

André Oliveira DB > Sim. Eu sou muito tímido, então em todas as apresentações eu fico muito tenso, nervoso, achando que não sou capaz até eu começar a dançar. Mas o frio da barriga sempre aparece rs.

Revista Feitos De Música > Você apesar de muito novo, já está dando aulas. Como é o Andre professor? Muito exigente? Você tem um processo criativo, metodologia já definida para suas aulas?

André Oliveira DB > Hahaha.  Às vezes, tenho que ser sim. Eu tento descontrair, mas tem a hora de concentrar. Tenho sim um processo criativo, mas o decorrer da aula vai sempre depender do desenvolvimento da turma. Tem dias que não consigo dar o que criei, planejei. Mas por outro lado, a aula flui de outra maneira. O importante é a turma conseguir acompanhar.

Hoje, além dos workshops que dou pelo Brasil, eu participo do Projeto ViDançar” – no Contêiner que fica no Complexo da Penha. E foi através da galera do jornal Voz das Comunidades que conseguimos este espaço, e nele atendemos uma média de 30 alunos por mês. Lá elas têm a oportunidade de aprender a dançar, de conhecer um pouco mais sobre a história do Funk e, se desenvolverem profissionalmente se assim desejarem.

Revista Feitos De Música > Você esteve recentemente na Europa, foi a passeio ou para fazer alguma apresentação, divulgar a arte do Passinho para algum projeto lá fora?

André Oliveira DB > Sim, estive em Maio e foi a trabalho, fui fazer uma apresentação junto com o time da Cia Suave, aqui do Rio de Janeiro. Nós fomos para Portugal, Suíça e Bélgica, fizemos apresentações nestes três lugares. E em julho, retornei, mas fui para a França para dar um workshop. Foi muito bom ver o Funk sendo bem recebido e aplaudido fora do nosso país.

Revista Feitos De Música > Como faz para conciliar estudos, família, carreira?

André Oliveira DB > No inicio minha mãe me chamava atenção, reclamava, pois eu estava deixando um pouco os estudos de lado, e ela ficava muito preocupada, com medo de não dar certo.

Eu comecei cedo, mas só fui começar a ter mais visibilidade, meu trabalho aparecer a partir de 2016. E em 2017, eu já estava trabalhando com dança, Graças a Deus.

Hoje já terminei os estudos, e já penso em fazer em breve a faculdade de Educação Física.

Revista Feitos De Música > Algumas pessoas tem vontade de dançar, mas ao mesmo tempo ficam com receio por conta da idade, corpo, etc. O que em sua opinião precisa ter para ser um bom dançarino?

Eu acho que estas preocupações com corpo, idade, vem muito da pessoa, é do psicológico. “Eu acho que para ser um bom bailarino tem quer corre atrás, tem que ir buscar o improvável. É preciso ter muito foco, força de vontade e, sobretudo, muita disciplina” reforça André.

Revista Feitos De Música > O que o Funk significa para você?

André Oliveira DB > Eu diria que o Funk e a dança em si, por que foi à dança que fez tudo mudar, fez minha vida mudar. Se não fosse o Funk e dança, eu ainda estaria lá em casa trancado, mexendo no computador – não que isso seja errado.

Mas a música, a dança (Passinho) que veio através do Funk para mim, foi uma espécie de libertação. E, trouxe o que é para mim hoje, a minha profissão.

Para você saber mais sobre o trabalho incrível do André, e ter quem sabe a oportunidade de fazer aula com este mestre da arte do Passinho, basta seguir o IG dele @andre_oliveira_db  .

Fotos de Bruno Lenses

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Abraços e até a próxima,

Cristiano De Jesus

Cristiano de Jesus

Eu, comunicador e sonhador, filho da Dona Rosa e do Sr. João que, enquanto admiro às belezas da vida, ouço boas histórias e muitas músicas para criar a minha própria trilha sonora.

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